“Como um instrutor da NAUI, a minha vida nunca é entediante, porque não permanecemos no mesmo lugar por muito tempo. Agora, estamos desenvolvendo uma outra aventura nas águas, a Expedição RIO AMAZONAS DO GELO AO MAR”, comenta Yuri Sanada, idealizador e líder do projeto, em entrevista para a revista americana de mergulho NAUI Sources.
Sanada explicita o quão relevante as experiências na NAUI foram em sua vida profissional e sobre a tamanha importância desses aprendizados para os seus futuros projetos, como a descida e documentação do Rio Amazonas. “Navegaremos a extensão total do rio mais longo e caudaloso do planeta, a bordo de um barco movido a energia solar e pedal, construído com bioresina e fibras naturais”, adiciona o produtor audiovisual. Em parceria com a UNEP Clean Seas Campaign, a expedição coletará amostras de água para medir a poluição por plástico na extensão do rio.
Sanada afirma que suas experiências como instrutor da NAUI “ainda são úteis em cada projeto que desenvolvemos e executamos, como filmes, TV ou séries em plataformas de streaming” na Aventuras Produções, da qual é sócio. Tendo decidido tornar-se um instrutor de mergulho em 1990, enquanto vivia no Reino Unido, graduou-se em 1991, na Hall ’s Diving Center, na Flórida Keys, com a sua mulher, Vera Sanada, também uma NAUI Divemaster, quando abriu e administrou a operação no Japão e em outras localizações, como nas Filipinas, por quatro anos.
Apesar de não atuar mais como instrutor, foi por meio das suas experiências nessa área que Sanada entrou em contato, pela primeira vez, com o mundo de produções audiovisuais. “Quando ainda éramos operadores de mergulho, começamos a filmar sob a água. Primeiro os nossos alunos, em seguida, as nossas excursões para diferentes destinos de mergulho, e esse foi o começo da nossa vida profissional como produtores de TV e filmes”, conta o líder da expedição na matéria.
Sanada narra ainda o importante papel que o domínio das competências aprendidas na sua época de instrutor teve para seus projetos posteriores. Durante a Expedição Fenícios antes de Colombo, a tripulação do navio, réplica de uma embarcação fenícia de 600 a.C., deparou-se com uma emergência em relação ao remo, que, em certo dia, amanheceu enrolado em redes de pesca abandonadas. Era necessário que um tripulante experiente mergulhasse e liberasse o remo, “ainda bem que tínhamos um instrutor da NAUI a bordo”, expressa Sanada.
Por fim, Sanada pontua que “mesmo não sendo mais um instrutor, posso dizer que ainda uso o que aprendi na NAUI, tanto na minha vida pessoal quanto na profissional, em diversos aspectos, especialmente na ética que era ensinada de forma tão firme quando praticava para me tornar um instrutor”.