‘Levar pesquisa para dentro da Expedição RIO AMAZONAS DO GELO AO MAR é fundamental’. A afirmação foi do membro do Conselho Técnico do projeto, o engenheiro Aristides Pavani Filho, pesquisador do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia, durante entrevista ao idealizador do desafio, Yuri Sanada.
O apoio de Pavani ao time será essencial devido a sua rica formação acadêmica com graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e ampla experiência na Amazônia, tendo realizado três grandes projetos nessa área: o Projeto Cognitus que gerou a Expedição Pixuna e a Expedição Morro dos Seis Lagos.
O Cognitus, financiado pela Petrobras, foi aquele que “abriu a visão de mundo”, como descreveu. O objetivo era mensurar os riscos da exploração do petróleo onshore (em terra) dentro da maior floresta tropical do mundo. Pavani afirmou que essa experiência foi como “levar o laboratório para dentro da Amazônia.” Esse projeto gerou a Expedição Pixuna, saindo de Manaus navegando até São Gabriel da Cachoeira, com diversos pesquisadores brasileiros e estrangeiros a bordo, cujo foco era a pesquisa de vários temas referentes à Amazônia. A Expedição Morro dos Seis Lagos também foi bastante interessante para sua trajetória. Neste projeto dedicou-se a estudar os seis lagos localizados sobre uma imensa reserva de nióbio e nunca tocados pelas inundações do Rio Amazonas.
Sanada afirmou que “sua chegada à equipe trouxe um alívio muito grande para os professores e alunos da FATEC que estão trabalhando conosco no protótipo de um barco”, tendo em vista o profundo conhecimento de Pavani no que o conselheiro denominou “robótica ambiental”, ou seja, elaboração de instrumentos que poderiam ser utilizados para monitoramento ambiental. O Projeto IRACEMA, por exemplo, consistiu em um barco robótico desenvolvido para esse propósito.
Pavani afirma que seu interesse pela produção científica despertou ao realizar o curso técnico em Eletrônica. De lá para a graduação e mestrado na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) foi um pulo. Hoje está debruçado em um doutorado em Geoquímica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Assista à entrevista completa e conheça mais projetos de Aristides Pavani Filho: https://youtu.be/c7oJw1ssx9U